O aplicativo de relacionamentos mais famoso do planeta já uniu muitos casais – mas também foi usado por golpistas para fraudes.
O Golpe do Tinder existe – ele é uma realidade, no Brasil e no restante do mundo. Por aqui a situação a respeito é até um pouco pior, dada a grande força que esse e outros aplicativos para encontros amorosos (mais conhecidos como apps) têm entre os brasileiros, que os usam intensamente.
Já há algum tempo, nas grandes metrópoles locais e em cidades de médio porte, apps de relacionamentos vêm sendo manipulados por criminosos, que se fazem passar por pessoas em busca de envolvimento romântico para atrair vítimas as quais possam roubar, ou então, extorquir.
Tal prática ganhou por aqui o nome de golpe do Tinder, embora também possa ocorrer com o uso de outros aplicativos do gênero. Há muitos, alguns nacionais, outros estrangeiros, mas com versão local (é o caso do Tinder): Bumble, Par Perfeito, Happn, Grindr, Divino Amor etc.
Mas o ato criminoso de cadastrar-se em um site de relacionamentos visando seduzir, e depois roubar, de alguma forma, outras pessoas, ganhou no Brasil o nome genérico de golpe do Tinder – e há motivos para tanto.
Tinder: como se dão os golpes com o uso dele
O Brasil é o 3º país com a maior quantidade de usuários do Tinder. Estamos atrás só dos EUA e do Reino Unido. E mais: no Brasil, o Tinder apresenta a maior média mundial de matches. Entre nós são feitas 15% mais combinações do que nos outros 190 países onde o aplicativo opera.
Ou seja, o Brasil é um campo vasto para pessoas inescrupulosas que queiram usar o Tinder para ações que são, literalmente, criminosas.
Mas, como é um golpe do Tinder?
Há dois modelos básicos dele:
- O primeiro, bastante comum por aqui, se caracteriza por perfis falsos que são criados por quadrilhas de assaltantes e/ou sequestradores. Eles marcam supostos encontros amorosos via app, e quando a pessoa chega ao local, é roubada;
- O segundo modelo é o do indivíduo, geralmente um homem, que se cadastra no aplicativo com sua identidade verdadeira, convida uma mulher para um encontro, a seduz… e logo depois passa a extorqui-la, pedindo presentes e quantias.
Criminosos desse segundo tipo foram bem retratados em um documentário recente da Netflix, chamado O Golpista do Tinder, o qual relata os atos de Simon Leviev, israelense que durante anos explorou mulheres psicologicamente fragilizadas através do aplicativo.
Proteja-se do golpe do Tinder
Para se proteger do primeiro tipo aqui descrito de golpe do Tinder, aquele que envolve agressão física, o melhor a fazer é checar várias vezes na internet se a pessoa cadastrada no site existe mesmo.
Se ela não está em nenhuma rede social, desconfie. Se o nome dela não aparece em buscas no Google, desconfie mais ainda.
De preferência, em um primeiro encontro, não vá sozinha. Peça para uma amiga ou um amigo te acompanhar. E marque de encontrar-se com a pessoa em um lugar movimentado, público, e à luz do dia.
Já para proteger-se do segundo tipo aqui mencionado de golpe do Tinder, o descrito no documentário da Netflix, seja cautelosa. Não aceite um encontro presencial logo de cara. Procure checar se há queixas por estelionato contra o homem com quem está se relacionando no aplicativo.
E lembre-se: a mulher que sofre um golpe do Tinder é uma vítima. Ela não tem razões para se envergonhar do que aconteceu – e deve imediatamente buscar ajuda da polícia, e/ou de um detetive particular.
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